Paraná firma acordo para intercâmbio de estudantes com universidade do Japão

Objetivo é levar alunos de graduação das universidades estaduais para estágios e fortalecer as colaborações acadêmicas e de pesquisa internacionais de estudantes da pós-graduação entre o Estado e o Japão por meio do Programa Ganhando o Mundo da Ciência.

Representantes da Fundação Araucária, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), assinaram acordos de cooperação para mobilidade acadêmica e de aproveitamento de resíduos com a Universidade Provincial de Kyoto (KPU), no Japão, durante encontro nesta segunda-feira (1º) na Fundação Araucária em Curitiba.

O objetivo é proporcionar o intercâmbio de estudantes de graduação para a realização de estágios acadêmicos e fortalecer as colaborações acadêmicas e de pesquisa internacionais de estudantes da pós-graduação entre o Paraná e Japão, por meio do Programa Ganhando o Mundo da Ciência. O acordo de colaboração tem duração de três anos podendo ser renovado por igual período.

O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, ressaltou o esforço que vem sendo feito pela Instituição e pela Seti para fortalecer a relação com o Japão na área de ciência e tecnologia. “Essa assinatura da cooperação entre a Fundação Araucária e a Unioeste com a KPU para nós é muito importante pois é uma parceria de reciprocidade em que vamos trabalhar conjuntamente, além de oportunizar aos jovens paranaenses a mobilidade por meio do Ganhando o Mundo da Ciência em uma instituição extraordinária como é a Universidade Provincial de Kyoto”, enfatizou.

Para a vice-reitora da Kyoto Prefectural University, Michiyo Yamaguchi, a conexão entre o Brasil e o Japão é muito importante para o avanço conjunto na área de ciência e tecnologia. “A partir de agora vamos desenvolver ainda mais as relações em ciência e tecnologia tanto nas universidades do Paraná quanto da Kyoto Prefectural University. Estamos muito felizes em receber os estudantes paranaenses e, futuramente, podermos também enviar os japoneses para o Paraná”, afirmou.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou a importância da parceria dentro da estratégia de internacionalização do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “As condições de cooperação internacional do Paraná hoje, na área de ciência e tecnologia, são muito diferentes de um passado recente. Hoje nós podemos cooperar em condições de reciprocidade com qualquer país do mundo em termos de ciência e tecnologia. E o Japão é um parceiro histórico do Paraná, uma cooperação que nos ajudou a estruturar este robusto sistema que nós temos hoje”, observou.

Nos próximos meses, o Paraná receberá uma delegação de cientistas japoneses que conhecerão o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) do Paraná, assim como as universidades estaduais.

Em novembro de 2023, uma delegação paranaense de representantes de instituições de CT&I entre eles a assessora de projetos estratégicos internacionais da Fundação Araucária, Eliane Segati, esteve no Japão conhecendo universidades e institutos de pesquisa a fim de estudar possíveis oportunidades de mobilidade.

“Exploramos muitas oportunidades em diversas áreas do conhecimento que a KPU oferece. Então para a Fundação Araucária é uma grande alegria poder reforçar este compromisso do Estado por meio desta parceria, com o Programa Ganhando o Mundo da Ciência que envolve a mobilidade desde alunos de graduação em nível de iniciação científica, também de mestrado, doutorado e pós-doutorado”, disse.

O Programa Ganhando o Mundo da Ciência envolve sete países. O primeiro acordo foi firmado com a Universidade de Alberta no Canadá, com a mobilidade em todos os níveis, e a Kyoto Prefectural University é a segunda. Essa mobilidade acadêmica vai ocorrer a partir de 2025 com a abertura das inscrições em setembro deste ano.

UNIOESTE – Durante o encontro com a delegação japonesa, nesta segunda-feira (1) também foi assinado um acordo de cooperação com a Unioeste na área de reaproveitamento de resíduos. “Nós estamos estruturando, em Toledo, um grande trabalho na parte de produção por meio do aproveitamento de resíduos que serão transformados em matéria prima. Então hoje o que é um problema passa a ser um produto. Também estivemos em Kyoto no ano passado visitando os laboratórios japoneses e vimos esta oportunidade de parceria”, ressaltou o reitor da Unioeste, Alexandre Webber.

Responsável por acompanhar os acordos com as instituições paranaenses, o pesquisador e vice-presidente da assessoria internacional da Universidade Provincial de Kyoto, André Cruz, também atua na área de estudos do solo e integrará o grupo de pesquisa junto à Unioeste. “Sabemos que o Paraná e o Brasil são grandes produtores agrícolas e podemos contribuir com parcerias em novas tecnologias que possam aumentar a produtividade e tornar o Paraná ainda mais competitivo. Neste momento, por exemplo, estou desenvolvendo um protocolo de segurança para o uso de adubo orgânico”, comentou.

Além de Curitiba, a delegação japonesa também visitará instituições em Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Toledo e Foz do Iguaçu.

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