Grau de investimento – artigo de Marcello Richa

FR e MR recebem prefeito Cidão de Douradina. Curitiba, 02-07-2015. Foto: Rogério Machado/SECS

Nesta segunda-feira (20) a agência de classificação de risco Fitch, uma das três mais importantes do mundo no segmento, elevou o rating nacional do Paraná de AA (bra) para AA+ (bra), o que deixou o estado apenas um nível abaixo de AAA, nota máxima de avaliação da agência. A notícia, excelente para o estado, mostra a estabilidade da nossa economia e previsão de perspectivas de avanços.

Cada vez mais relevantes na análise econômica e do mercado financeiro, as agências de classificação de risco promovem diversos estudos em instituições, países, estados e municípios para avaliar sua capacidade de crédito. Isso ocorre por meio de uma análise técnica que envolve a capacidade de endividamento, qualidade dos ativos envolvidos, garantia de pagamento, geração de caixa e riscos internos.

Uma avaliação alta indica que os investidores encontrarão bons produtos, estabilidade financeira e um cenário propício para direcionarem seus recursos, o que irá aquecer a economia e gerar emprego e renda para a população. O rating positivo e crescente do Paraná é uma vitória da política pensada em longo prazo e com responsabilidade, que buscou diminuir gastos, atrair investimentos e criar um ambiente jurídico seguro.

Para visualizar ainda mais a importância dessa conquista, em dezembro de 2015, quando a crise econômica atingiu o Brasil com força, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota e tirou o grau de investimento do país. Um cenário tenebroso e causado pelo aumento do rombo nas contas públicas, revisões constantes da meta fiscal e crescimento desenfreado da dívida interna.
A perda do selo de bom pagador tirou a credibilidade do país e afetou diretamente diversos estados, como São Paulo, Santa Catarina e Paraná, que tiveram suas notas rebaixadas para BB+. Na época o governo do estado havia realizado um ajuste fiscal que foi bastante criticado pela oposição, porém, menos de dois anos depois, o Paraná colhe os resultados positivos dessas medidas e se destaca na difícil missão de recuperar a economia brasileira.

Em 2017 o estado tem apresentado resultados positivos na geração de emprego e em fevereiro dobrou o saldo de vagas registrado em janeiro, com 9.962 novos postos de emprego formal. Somado a isso, o Paraná manteve sua capacidade de investimento, como pode ser visto, por exemplo, com a aplicação de R$ 9,86 bilhões em educação em 2016, o segundo maior volume de recursos para a área no país, atrás apenas de São Paulo.

Lentamente o Brasil vai se recuperando dos danos causados pela gestão irresponsável e intervencionista do governo petista, que causaram danos gigantescos em municípios e estados. O aumento do rating nacional pela Fitch apenas reafirma que, com medidas de austeridade e planejamento, o Paraná mostra o caminho para recuperar a credibilidade econômica, atrair investimentos e fortalecer o mercado financeiro, essenciais para que o país retorne ao caminho do desenvolvimento.

Marcello Richa é presidente do Instituto Teotônio Vilela do Paraná (ITV-PR)

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