A Copel, empresa de energia elétrica do Paraná, não compareceu à mediação sobre o Programa de Demissão Voluntária (PDV) na tarde desta segunda-feira (27/11) porque foi um pedido dos sindicatos laborais.
O esclarecimento é da superintendente Regina Cruz, que retificou a informação do Blog do Esmael.
A reunião, que estava marcada para às 14h na Superintendência Regional do Trabalho (SRT), foi adiada a pedido dos sindicatos que representam os copelianos.
O encontro havia sido solicitado pela SRT, órgão ligado ao Ministério do Trabalho, em uma mediação pedida por entidades sindicais que representam os funcionários da Copel não contemplados no PDV.
Vários representantes dos copelianos compareceram ao local para reunião que não existiu.
Eles informaram ao Blog do Esmael, que o pedido de adiado tinha partido da Copel, no entanto, a superintendente Regina Cruz esclareceu que “foi a pedido do sindicato laboral devido a conflito de agenda”.
Os trabalhadores alegam que a empresa descumpriu o acordo coletivo firmado antes da privatização, que previa a inclusão de todos os pedidos de PDV.
O encontro estava agendado há 14 dias.
Na verdade, o “conflito de agendas” foi alegando pela parte laboral.
Antes da privatização, a Copel havia anunciado que o PDV seria universal, incluindo todos os funcionários que desejassem aderir.
No entanto, após a privatização da estatal, a nova corporação comunicou que atenderá apenas 1,4 mil pedidos de PDV, deixando cerca de 1,6 mil trabalhadores desamparados.
Os funcionários que não foram contemplados no PDV alegam que foram prejudicados moralmente pela empresa.
Eles exigem que seus direitos trabalhistas sejam respeitados e o acordo coletivo de trabalho seja honrado pela Copel.
O Blog do Esmael apurou que a Copel e os sindicatos reagendaram a tentativa de mediação sobre o PDV 2023 para esta terça-feira (28/11), às 14 horas, salvo novo imprevisto.
Os trabalhadores que não foram contemplados no PDV esperam que o órgão trabalhista obrigue a Copel a cumprir o acordo firmado antes da privatização.
O descumprimento da mediação pela Copel pode ter impacto na privatização da empresa.
A superintendente do Ministério do Trabalho no Paraná, Regina Cruz, lembrou na última reunião que o BNDES é controlador da Copel, e ela disse ser “muito feio” a Copel descumprir os compromissos assumidos com os funcionários.
“Nós defendemos os trabalhadores e o governo federal, através do BNDES, é o acionista-sócio da empresa”, declarou a superintendente, destacando o tamanho das responsabilidades das partes.