Paraná sedia evento que incentiva estruturação de trilhas terrestres e aquáticas

Paraná sediou a primeira discussão do país sobre trilhas terrestres e aquáticas

O Paraná abriga 10% das trilhas demarcadas em todo o País. No Brasil, são 335 Unidades de Conservação e um Geoparque que englobam 10 mil km de trilhas que passam por seis biomas: Mata Atlântica, Cerrado, Pampas, Caatinga, Amazônia e Pantanal.

A Expoturismo Paraná recebeu neste ano o 1° Seminário de Trilhas, que reuniu figuras do trade, jornalistas, autoridades, trilheiros e diversos entusiastas. Com objetivo de explicar e fortalecer o segmento, o evento debateu a identificação e ampliação das trilhas turísticas.

O encontro também apresentou questões históricas das trilhas, a estrutura atual no Paraná e no Brasil, além de novas formas de incentivo que podem ser aplicadas nos trechos estaduais. O seminário foi realizado pela Rede Trilhas no Paraná em parceria com a Secretaria do Turismo, Instituto Água e Terra (IAT), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros órgãos.

A iniciativa surgiu com base em uma série de pesquisas e levantamentos sobre as opções de trilhas disponíveis no território paranaense. O Estado tem 22 áreas com mais de mil km de trilhas. Entre os roteiros e as trilhas de maior destaque no Paraná estão a Rota dos Pioneiros, Rota Caiçara e o Caminho do Iguaçu, que já contam com experiências em prática. 

O Paraná abriga 10% das trilhas demarcadas em todo o País. No Brasil, são 335 Unidades de Conservação e um Geoparque que englobam 10 mil km de trilhas que passam por seis biomas: Mata Atlântica, Cerrado, Pampas, Caatinga, Amazônia e Pantanal.

As trilhas turísticas são definidas como caminhos terrestres ou aquáticos, percorridos a pé ou por meios de transporte não motorizados. Elas têm como objetivo a conexão entre unidades de conservação federais, estaduais e municipais. Além destas, existem trilhas históricas, que surgiram a partir de caminhos traçados ao longo dos séculos.

Segundo a coordenadora de Gestão e Sustentabilidade do Turismo, Anna Vargas, o objetivo agora é trabalhar em cima de roteiros turísticos em trilhas. “É necessário estudar e entender como funciona a implantação de uma trilha e como ela pode virar um roteiro”, disse.

O diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, afirmou que a iniciativa de ampliar e estruturar trilhas é um interesse comum entre o Instituto e a Secretaria do Turismo. “Estamos trabalhando com foco na infraestrutura, políticas públicas e preservação”, disse.

    A secretária geral da Rede de Trilhas, Camila Bassi Teixeira, disse que a Expoturismo Paraná foi escolhida como pano de fundo do 1° seminário graças à sua importância e alcance. “Estamos falando sobre a dimensão desse segmento, com foco na realidade do Paraná. Além de mostrar as iniciativas do Estado, ou seja, o que existe do movimento de trilhas aqui e o que pode ser feito”, disse.

    Hugo de Castro, presidente da Rede Brasileira de Trilhas, afirmou que, para uma boa gestão dessas rotas, além da identificação dos atrativos, é importante ter a governança compartilhada como ponto central.

    “A governança é um misto de pessoas e instituições que trabalham juntos em prol da trilha. Um exemplo é uma rota que passa por um local de conservação. É necessário a integração entre prefeituras, secretarias e demais entidades para que a manutenção e existência dessas rotas não prejudique o meio ambiente, a cultura local e outras questões”, disse.

      TRILHAS AQUÁTICAS – As trilhas não ficam limitadas a atividades em terra. Existem também rotas aquáticas, feitas por meio de caiaques, rafting ou até mesmo de maneira subaquática, como o mergulho.

      O Paraná também é destaque neste recorte. Um exemplo é a Rota dos Pioneiros, a maior trilha aquática do Brasil, que passa pelo Rio Paraná, Paranapanema e outros trechos. Também se inserem nessa categoria iniciativas nos rios Ivaí e Iguaçu.

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