Cação é um fruto do mar muito consumido no Brasil, mas poucas pessoas sabem dos riscos que seu consumo pode trazer para a saúde e para o meio ambiente. O cação é qualquer espécie de tubarão: pequenos, filhotes e até mesmo os oceânicos, de grande porte que podem ser encontrado em diversas regiões costeiras do país, mas devido à sua pesca excessiva e descontrolada, corre o risco de entrar em extinção, causando um efeito em cadeia em toda a vida marinha.
De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, o consumo de cação pode trazer riscos para a saúde humana, já que os tubarões por serem os principais predadores do mar, acumulam altos níveis de mercúrio em sua carne. O mercúrio é um metal pesado que pode causar danos irreparáveis ao sistema nervoso, principalmente em crianças e gestantes. Além disso, o cação também pode conter altos níveis de chumbo e outros contaminantes, o que aumenta o risco de doenças crônicas como o câncer.
Além dos riscos para a saúde, o consumo de cação também traz impactos negativos para o meio ambiente. A pesca excessiva desses tubarões podem levar diversas espécies à sua extinção, o que traria impactos irreversíveis para o ecossistema marinho. Além disso, a pesca predatória também pode causar danos aos corais, recifes e outros ecossistemas marinhos.
Do ponto de vista legal, a pesca e venda de cação sem autorização pode ser considerada um crime ambiental. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, a pesca de espécies ameaçadas de extinção ou em período de defeso pode resultar em multas e até mesmo em detenção.
Para evitar esses riscos é recomendado que os consumidores evitem o consumo de cação apesar de sua carne ser deliciosa e não ter espinhos. Em vez disso, optar por peixes de cultivo ou de pesca sustentável, que não representam ameaças para a saúde, meio ambiente e legalidade.
É importante lembrar que o consumo consciente de peixes é essencial para a preservação dos ecossistemas marinhos e para a saúde humana. A conscientização dos consumidores é fundamental para reduzir a pesca predatória e garantir um futuro sustentável para as espécies marinhas.