Aproximadamente 110 mil caminhões carregados de soja, farelo e milho já desceram a serra em direção ao Porto de Paranaguá no primeiro trimestre deste ano. Somente em março, quando a safra de grãos brasileira começou a ser exportada pelos produtores, 47.126 veículos passaram pelo Pátio de Triagem do porto, a segunda maior média mensal de toda a história.
Em abril, o movimentou aumentou. Apenas na primeira quinzena do mês cerca de 26 mil caminhões carregados de grãos chegaram ao porto, em um recorde histórico para o período.
O ritmo deve ser este até meados de agosto, já que as previsões apontam para um novo recorde de exportação de grãos. Em meio à quebra da safra argentina, a demanda pela soja brasileira deve crescer. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), 70 milhões de toneladas devem ser comercializadas com outros países – e boa parte deste montante passará por Paranaguá.
“Nossos investimentos melhoraram a logística de escoamento de grãos. Com isso, além de dar agilidade aos produtores que já escolhiam o Porto de Paranaguá para escoar suas produções, atraímos novas cargas para cá”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Lourenço Fregonese.
No ano passado, o Porto de Paranaguá já havia registrado recorde de movimentação de cargas, com 51,5 milhões de toneladas, e o maior volume de caminhões no Pátio de Triagem, com cerca de 410 mil veículos.
Para dar conta desta demanda crescente, investimentos foram feitos em todas as etapas do processo logístico. O Pátio de Triagem recebeu obras de modernização das suas portarias e no seu acesso viário, que deram agilidade e segurança aos motoristas.
Na outra ponta, na descarga de grãos, quatro shiploaders (carregadores de navios) foram trocados, substituindo equipamentos da década de 70 e aumentando a capacidade de embarque de cada sistema em 33%.
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