O recorde atesta o aumento de produtividade do Porto de Paranaguá, além da diversidade modal e a capacidade de armazenamento do complexo portuário. “Investimos mais de R$ 635 milhões nos últimos anos e nos tornamos um porto muito mais ágil”, afirmou o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Lourenço Fregonese. “Os 21 dias em que pudemos operar normalmente foram suficientes para garantir uma movimentação recorde no mês”, acrescentou.
O Porto de Paranaguá também tem a segunda maior capacidade estática de armazenamento de grãos para exportação do país, o que ajudou com que os embarques continuassem acontecendo no período. Ao todo, há uma capacidade de estoque para grãos de 1,5 milhão de toneladas em Paranaguá, o que é suficiente para carregar mais de 20 navios.
O aumento do abastecimento de cargas por ferrovias também foi fundamental para que o porto continuasse operando durante a greve. Atualmente, a participação do modal é de cerca de 30% na operação de cargas em Paranaguá.
Segundo Fregonese, o resultado, no entanto, poderia ser ainda maior. A estimativa é de que, no período da greve, deixaram de ser movimentadas 648 mil toneladas de produtos, incluindo líquidos, cargas gerais, grãos, fertilizantes e outros.
CRESCIMENTO – No acumulado do ano, os números também ainda são positivos. Na movimentação total de janeiro a maio, o porto operou 21,93 milhões de toneladas, 9% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando foram movimentadas 20,12 milhões de toneladas.
A diferença é puxada pelo bom desempenho nas exportações de soja. Em 2018 o porto embarcou quase 1 milhão de toneladas a mais do que em 2017. O embarque de farelo também cresceu, são cerca de 540 mil toneladas a mais neste ano.