Portos do Paraná pedem descentralização de arrendamentos

O arrendamento é um contrato de cessão de uma área, para exploração dentro da atividade portuária. A solicitação para alteração no modelo atual foi feita na tarde de quinta-feira (7), em Brasília. “A administração local está mais próxima das empresas, conhece todas as particularidades da região e conta com estrutura organizacional, física e funcional para gerir, com segurança e competência, a exploração das instalações portuárias”, explica o diretor-presidente da Appa, Luiz Fernando Garcia da Silva.

Segundo ele, a Administração paranaense tem todas as condições necessárias para assumir a atribuição – desde a elaboração dos editais e a realização dos procedimentos licitatórios para os arrendamentos, até a gestão dos contratos e a fiscalização da execução dos mesmos.

“Temos a Licença de Operação válida. Tivemos o nosso Plano Mestre atualizado recentemente; assim como o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento e o Recinto Alfandegado, que estão em vigência. Além disso, a auditoria para a regularização do ISPS-Code está em fase de licitação; já aderimos ao Plano de Contas regulatório da Antaq e estamos adimplentes com todas as obrigações estabelecidas no convênio de delegação”, detalha.

O Porto de Paranaguá também já possui um núcleo específico para cuidar dos arrendamentos, com sistema informatizado de gestão dos contratos e relatórios circunstanciados.

RECEITA: Outra vantagem da mudança é que os processos licitatórios de arrendamento geram um custo de oportunidade para quem o administra – o BID (traduzido do inglês como “lance” ou “oferta”). Com a descentralização, esses recursos – que antes ficavam no Tesouro Geral da União, vão para o caixa da Appa.

A intenção do Governo do Estado é usar parte destes recursos em melhorias para a população. A Appa já apresentou ao Governo Federal a proposta de criação de um fundo de compensação, que repasse uma parcela da receita arrecadada para o desenvolvimento do Litoral do Estado.

“A orientação do governador Ratinho Júnior é criar um fundo nos moldes do que existe hoje na Região Oeste, com a Itaipu. A ideia é destinar 0,5% da receita anual dos Portos do Paraná para o desenvolvimento dos municípios do Litoral, mas, para isso, precisamos que a Secretaria Nacional de Portos modifique o convênio de delegação existente”, destaca Garcia.

De acordo com ele, após essa manifestação inicial junto à SNP, uma equipe técnica da Appa vai finalizar os estudos para propor oficialmente a alteração.

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