Richa visita Litoral para conferir estragos causados pela ressaca

Governador Beto Richa junto com o prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora, fala sobre as áreas afetadas pela ressaca no município. Matinhos, 04/11/2016. Foto: Pedro Ribas/ANPr

O governador Beto Richa esteve nesta sexta-feira (04) no Litoral do Paraná para verificar os danos causados pela intensa ressaca que atingiu a região no último fim de semana. Em Matinhos, o fenômeno conhecido como maré meteorológica, destruiu grande parte do calçadão e de ruas em quatro quilômetros da orla do município, desde o Balneário Flamingo até a Praia Grande e também na região do Pico de Matinhos.

Guaratuba, Guaraqueçaba e Paranaguá também foram afetados pela ressaca. Os momentos de maior intensidade foram na madrugada e durante a tarde do sábado (29).

“Estamos junto com o município e a Coordenação Estadual de Proteção e Defesa Civil acompanhando os estragos e preocupados em dar uma solução o mais rápido possível”, disse Richa. “O município está finalizando os levantamentos para elaborar os documentos e encaminhar ao Governo Federal, a fim de que seja decretada situação de emergência. Desta forma será possível destravar burocracias e agilizar a ajuda financeira para a recomposição da orla de Matinhos e os balneários que foram duramente atingidos por esse evento natural”, explicou o governador. Ele esteve, também, em Guaratuba, onde ocorreram estragos entre a praia Volta das Canoas e o Morro do Cristo. “Os prejuízos ainda estão sendo apurados, mas é possível que tanto Matinhos quanto Guaratuba decretem situação de emergência”, comentou. O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e o coordenador executivo da Defesa Civil, tenente-coronel Edemilson de Barros acompanharam a visita.

ORIENTAÇÃO – Nenhuma pessoa ficou ferida, mas a previsão da Defesa Civil é que mais de 12 mil foram diretamente afetadas com inundações e prejuízo material. O tenente- coronel Barros, explicou que os técnicos estão na região desde sábado, apoiando os municípios. “Nosso pessoal presta orientação quando ao levantamento dos prejuízos para verificar índices os necessários à decretação de situação de emergência”, disse ele. “Temos prazo de dez a partir da ocorrência. São muitos laudos e ações”, explicou. Após a decretação da emergência, a equipe da Defesa Civil também ajudará a elaborar o plano de trabalho, que abre acesso a recursos obrigatórios do governo federal.

SENSÍVEL – O prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora, disse que o município tem projeto pronto para obras a serem feitas nos locais atingidos para resolver os problemas de ressaca. Ele destacou a presença do governador para verificar os estragos. “O governador é sensível aos problemas do Litoral. Em Matinhos, tivemos muito apoio nos últimos anos, com destaque para o investimento em saneamento básico, da ordem de R$ 150 milhões”, disse o prefeito.

Dalmora citou, também, a reforma do ginásio de esportes, os três centros de atenção aos idosos e a revitalização da orla, que tem sua primeira etapa praticamente concluída. O projeto abrange o calçadão, com paisagismo e ciclovia e uma nova iluminação. Os investimentos feitos com recursos ou financiamento do Estado incluem, ainda, asfaltamento de ruas.

O governador ressaltou que o investimento em saneamento alcança todo o Litoral. “Como já comprovamos há dois anos, houve melhoria da qualidade da água das nossas praias. Isso aumentou o número de veranistas, atraídos pela estrutura que dispõem. O Litoral tem merecido uma atenção ao longo dos doze meses do ano”, afirmou Richa.

BASE NÁUTICA – Além de causar danos nas orlas, a ressaca também destruiu seis postos guarda-vidas em Matinhos, Guaratuba e na Ilha do Mel e arrancou a passarela e o flutuante da Base Náutica de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros em Guaratuba. Na Ilha das Peças, localizada na Baía de Guaraqueçaba, os poços de captação de água foram contaminados com água salgada. A Defesa Civil Municipal, o Corpo de Bombeiros e a Sanepar distribuíram, nesta semana, água potável aos moradores da ilha.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Litoral, tenente-coronel Paulo Henrique de Souza, a maré meteorológica é resultado da conjunção de dois fenômenos: a super maré, quando a elevação das águas do oceano atinge o seu pico máximo (que no Paraná é de dois metros) com um ciclone extratropical. “São dois fenômenos de certa forma recorrentes em nosso Litoral, mas não concomitantes. Desta vez, como ambos ocorreram ao mesmo momento, a variação da maré foi muito alta, atingindo lugares onde outras ressacas não chegavam”, explicou.

PRESENÇAS – Acompanharam a visita os deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli, Alexandre Curi e Nelson Justus.

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