Desde que o Tribunal Superior Eleitoral, então comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, decretou a inelegibilidade por oito anos do ex-presidente Jair Bolsonaro, decisão que, por ora, tem chances remotas de ser revertida, os analistas políticos vêm avaliando os possíveis candidatos da direita com maior potencial eleitoral para substituí-lo na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026.
Inicialmente, no meio de nomes da mesma corrente ideológica mais conhecidos nacionalmente, como seus colegas Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, o governador Ratinho Junior era visto no cenário como um ator de menor expressão.
Mas isso mudou radicalmente nos últimos meses e ele já começa a ser citado em reportagens nos principais veículos de comunicação do país, como o jornal O Estado de São Paulo, revista Veja, tvs Bandeirantes e CNN, entre outros, como uma alternativa viável para encarar o próximo pleito presidencial representando o movimento conservador.
Impulsionado pelas pesquisas de opinião que mostram a aprovação quase unânime do seu governo pela população paranaense, além de aparecer bem posicionado em sondagens de âmbito nacional, Ratinho tem a seu favor muitos atributos que o credenciam para o desafio: juventude, carisma, liderança, espírito agregador, trânsito para conversar com adversários, capacidade de articulação para formar alianças e, sobretudo, os indicadores sociais e econômicos que colocam o Paraná entre os estados mais bem administrados e com melhor qualidade de vida do país.
Sabendo que, antes de mais nada, para almejar o sucesso, a direita terá que se unir solidamente em torno de um único postulante, Ratinho, no momento certo, vai buscar esse consenso sem pressa e nem ansiedade.
Nas entrevistas em que é instado a falar sobre o tema, ele tem dado pistas da sua estratégia com declarações como essa: “A minha geração está sendo governada, há 40 anos, pela geração da década de 1950 e 1960, que fizeram a sua parte. Ajudaram o Brasil. Agora, a minha geração tem a obrigação de apresentar uma proposta ao país. Isso quer dizer que eu tenho que ser protagonista? Não. Posso ser coadjuvante, colaborador”.
Enquanto isso, sua administração vai colecionando frequentemente feitos expressivos nas mais diferentes áreas, que contribuem para pavimentar o caminho de suas aspirações.
O mais recente deles, que foi manchete em toda a imprensa nacional, veio com os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) referentes a 2023, divulgados pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, apontando que o Paraná tem a melhor educação do Brasil tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental, mantendo-se na liderança nacional conquistada em 2021.
Ratinho está ganhando nota 10 no dever de casa, tendo, portanto, o legítimo direito de ambicionar voos mais altos, sempre consciente de que o futuro a Deus pertence, mas que precisa estar pronto para o que ele trouxer.
Como ensina o romano Sêneca em uma de suas mais conhecidas citações, “sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade”.
Fonte: Roendo pelas beiradas (caiogottlieb.jor.br)