“Não teremos a mesma contribuição da agropecuária como no ano passado, quando a safra foi recorde. Mas a indústria e os serviços devem compensar esse quadro com avanços mais expressivos”, diz o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior.
PRIMEIRA DO ANO – A previsão de crescimento de 2% do PIB é a primeira de 2018 do Ipardes, que faz outras revisões ao longo do ano. Em 2017, a previsão no início do ano era de um avanço de 1,5%. Com o passar dos meses, a estimativa foi revista até chegar em 2,3%. O PIB do Paraná encerrou 2017 com alta de 2,5%. Foi mais que o dobro da média brasileira, de 1%, de acordo com o IBGE.
SERVIÇO – Em 2017, o setor de serviços movimentou R$ 237,3 bilhões no Paraná, o que representou um crescimento real de 1,5% sobre o ano anterior. Foi o primeiro resultado positivo dos últimos três anos. Em 2015 (-2,9%) e 2016 (-1,9%) o setor foi afetado pela recessão econômica, que gerou desemprego e redução no consumo. “Porém, no ano passado o aumento da geração de novas vagas no mercado de trabalho e a retomada gradativa do consumo começaram a acelerar novamente o setor de serviços”, lembra Suzuki Júnior.
O setor terciário – que engloba além do comércio e serviços, a administração pública e a atividade de intermediação financeira – representa cerca de 65% da economia do Estado. “Por isso a retomada do comércio e dos serviços é vital para que a economia do Estado cresça”, diz
INDÚSTRIA – A indústria, que patinou durante a crise, também encerrou o ano passado em ritmo de retomada. O setor teve o primeiro resultado positivo desde 2014, com um avanço de 1,8% sobre 2016.
A indústria movimentou R$ 92,8 bilhões em 2017 – o que representou 25,4% das somas das riquezas geradas no Estado. Embora o crescimento tenha sido pequeno, o resultado é comemorado pelo setor, que vem de três anos seguidos de baixa por causa da recessão. Em 2014 o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria paranaense despencou 7%. Em 2015 houve retração de 5,8% e em 2016 queda de 2,8%.
“A recuperação verificada no ano passado é muito importante porque se trata de um setor relevante para a economia estadual, que gera empregos de maior qualidade e é intensivo em mão de obra. O impacto social da indústria é grande”, diz Suzuki Júnior. O PIB da indústria calculado pelo Ipardes inclui o desempenho das indústrias da construção civil, extrativa e de transformação, além da produção de energia.
AGROPECUÁRIA – A previsão de uma safra de grãos menor do que a do ano passado deve afetar o PIB do Estado em 2018, mas o impacto deve ser compensado, de acordo com Suzuki Júnior, pela melhora dos preços. No ano passado, a agropecuária cresceu 11,5% no Estado com a safra recorde.
Embora dentro dos patamares históricos, a safra de 39 milhões de toneladas prevista para este ano é 6% menor do que a do ano anterior, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. “Com mais dinheiro no bolso, a tendência é que os produtores rurais ajudem a movimentar os negócios do comércio e os serviços”, diz.
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